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sábado, 23 de julho de 2011

Arte do século XIV ao XXI.

Olá pessoal, hoje estamos aqui para falar um pouco sobre o rico teatro nipônico. Modalidades baseadas nos deuses, estilos mascarados e de rosto pintado são alguns dos elementos principais desta que mais uma maravilha da cultura japonesa.

O teatro japonês

Segundo a mitologia japonesa, o teatro nasce quando a deusa Ame-no-Uzume resolve dançar em cima de um barril em frente a caverna para atrair Amaterasu (A Deusa do Sol) - que se escondera da violência e malfeitos do irmão Susanoo - e esta curiosa, a Deusa acaba saindo da caverna, iluminando o mundo novamente, conforme citado no livro Kojiki. Existem, na atualidade, quatro tipos de teatro tradicional ainda apresentado no Japão:

  • No:

No, originado nos ritos xintoístas, foi primeiro representado por Kan’ami Kiyotasugu (1333-1384), e mais tarde desenvolvido por seu filho, Zeami (1363-1444). Adotado pelos Daimyo (lordes feudais), acabou tornando-se mais ritualista e cerimonial. No é apresentado em um palco vazio, com três lados de madeira de cipreste, telhado como de um santuário e entrada lateral em rampa. Os atores No são todos homens e usam máscaras para interpretar personagens femininos, estes aparecem um ou dois a cada vez, sempre com movimentos lentos e coreografados com fundo musical da era feudal. Estes movimentos lentos e coreografados são chamados de kata e também são usados em artes marciais.

Para dar imponência aos atores, são usados trajes decorados e pesados que possuem várias camadas. Esta modalidade chegou ao Brasil com os imigrantes japoneses, mas não sobreviveu.

  • Kyogen:
 

O Kyogen evoluiu de interlúdios cômicos, para substituir a natureza exigente do No. Como um teatro informal, o Kyogen destaca a fragilidade do homem. As máscaras são raras e os trajes simples, os atores vestem meias amarelas chamadas tabi.

  • Kabuki:

No século XVII, as pessoas sentiam necessidade de um teatro mais compreensível e divertido, então - evoluindo do No - nasce o Kabuki em Kyoto, patrocinado pelo Shogunato.
O Kabuki foi fundado por uma mulher, no entanto naquele tempo não era comum mulheres trabalharem como atrizes, logo foram banidas, consequentemente, hoje em dia só homens atuam e os papéis femininos ficam por conta do onnagata.
Esta forma de teatro é exuberante, com palco e elenco grandes.  Máscaras são substituídas pelas maquiagens bem elaboradas e as cortinas permitem mudanças no cenário, que utilizam efeitos especiais, alçapões, setores que giram e cabos elevados para artistas voarem. Músicos e coro sentam atrás de um biombo ou de cada lado do palco. O estilo Aragoto, ou “estilo brusco de atuar”, é usado em peças por personagens masculinos com maquiagem estilizada. Estes se deslocam de maneira exagerada e as expressões faciais e de olhos são fundamentais para uma boa atuação. Os atores menos importantes geralmente ficam na direita do palco, enquanto que os mais importantes à esquerda. Nota-se maior status do personagem observando peruca e trajes - quanto mais elaborados mais indicam a personalidade do mesmo. Os atores Kabuki foram muito retratados em xilogravuras no período Edo.

  • Bunraku:



O Bunraku, é uma forma de teatro de títeres e assim como o Kabuki, visa o grande público. Os títeres têm 1,2 m de altura, mãos móveis e cabeças e trajes entalhadas em madeira. Há dois assistentes – um de cada lado – que se vestem de preto, já o titeriteiro usa traje formal.
A história é contada por uma narrador e enquanto ele fala , a música shimasen acompanha as ações em todas as cenas. Muitas das peças Kabuki foram originalmente escritas para títeres, mas o Bunraku usou muito das peças Kabuki.


Tenham todos um ótimo sábado!
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