Total de visualizações de página

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Como andam os pés dos japoneses.

Olá pessoal, hoje vamos aprender que no Japão, não só os sapatos, mas os pés são simbólicos!

 
Durante vários séculos para os japoneses a beleza da mulher estava no tamanho dos pés, assim como no comprimento dos cabelos. A mulher que tivesse o cabelo maior que o próprio corpo seria a mais bonita, assim como a que tivesse os menores pés. Existia o costume de enfaixar os pês das meninas para que não se desenvolvessem e atrofiados atendessem ao padrão de beleza.


Veja os pequeninos pés dessa senhora.


E eu costumava achar os sapatos do Goku estranhos...

No Japão não se entra em casa e muito menos na casa dos outros com o mesmo sapato que andou na rua. Logo que entra em uma casa existe um local chamado genkan (hall de entrada) onde você deve deixar os seus sapatos e normalmente há uma espécie de chinelo chamado surippa (são chinelinhos próprios para andar dentro de casa e existem de todo tipo, com base de madeira, de palha, de pano) e no inverno é comum usar esses suripas ,para você colocar e entrar na casa. Eles acreditam que ao retirar os sapatos, eles se libertam de todas as “energias impuras” lá de fora, da rua. Tirando os sapatos sujos e deixando-os na “genkan”, você não deixará que essas energias invadam a harmonia do seu Lar.












(Geta) Os tamancos de madeira começaram a ser usados como um tipo habitual de calçados para sair à rua a partir do século VI, quando o advento do budismo acabou com o sacrifício de animais para que fosse feitos sapatos de couro.
Os tamancos ficam presos aos pés por uma corda que passa entre os dois dedos, e são plantadas em cima de dois blocos, que os elevam do solo. Isso conferia as pessoas uma graciosidade de estátuas, e possuía, além do mais, a vantagem prática de proteger seus quimonos.

Já as gueixas usam tamancos que costumam ser altos 12 a 20 centímetros e a área que tocam o chão corresponde à metade do comprimento dos pés.














(Zori) Constituem exemplos clássicos de economia em matéria de concepção. As solas e os cordões das alças são por vezes inteiramente feitos de palha de arroz, tecida. Essa palha é mais abundante subproduto da colheita anual de arroz. Sendo tão barata a palha de arroz é empregada na feitura de vários objetos de uso. 
A corda de palha de arroz é utilizada para atar fardos de produtos agrícolas, os quais são muitas vezes embrulhados em esteiras de palha tecida. Biombos e certos artigos de vestuário, até mesmo sapatos para a neve são feitos de palha de arroz.




Todo mundo conhece a famosa marca de sandálias “Havaianas”, ou quase todo mundo deve ter uma, certo?
O fato é que na realidade as havaianas não são havaianas, são japonesas. Sim, japonesas! Pois foram inventadas no Japão, e até a década de 70 no Brasil, o que vocês conhecem hoje por havaianas os nossos pais chamavam japonesas. Nada mais justo! 
O que ouve foi o crescimento de propaganda nesse produto, é claro que os japoneses desenvolveram o modelo com outro tipo de material (chinelo feito com palha de arroz, Zori).Mais tarde a indústria brasileira se aproveitou dessa invenção secular (do período Heiã), e modernizou o produto.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sensu (leque japonês)


O leque teria sido inventado no século VII por um artesão japonês, que tomou as asas dobráveis de um morcego por modelo de uma engenhosa construção: um conjunto de varetas de madeira que giram em torno de um eixo.
O sensu tornou-se rapidamente, um elemento indispensável à vida, e as maneiras dos japoneses.
Era sempre usado na corte; e os imperadores frequentemente distribuíam leques de presentes.
Os leques eram frequentemente ornamentados, com um poema, uma pintura, um brasão de família, ou algum outro desenho.
Podemos exemplificar esse fato de uma forma bem simples: O símbolo do clã Uchiha. A palavra Uchiha  seria como leque de papel, esse leque simboliza o controle do fogo, controla-se o fogo com um abano, assim o elemento fogo torna-se mais poderoso com o controle do vento. Afamilia Uchiha é uma especialista em controle das técnicas de fogo, o símbolo no leque, vem a ser fogo controlado, pois o fogo representado pela a parte vermelha está em forma circular e não disperso. (Anime Naruto).

O leque representa o elemento ar, e durante muito tempo foi usado pelas as elites, representava, sobretudo a elegância, e charme. Muito usado pelas gueixas como elemento fundamental na dança, estabelecendo uma relação de equilíbrio e sedução, dava a dança certa magia, com leveza e precisão.



Embora os leques orientais sejam hoje usados como objetos decorativos, na antiguidade foram usados como armas brancas. O sensu foi levado para a Europa durante os séculos XVII e XVIII, tornou-se objeto de desejo entre as mulheres.
O leque é usado como arma também no amime Naruto, pela a personagem Temari que possui um leque com  três círculos roxos ao longo de seu corpo que ela chama de luas. Leque também pode ser usado como um clube ou para bloquear ataques. O Leque de Temari também parece ser capaz de desviar a kunai (uma lamina de ferro com um furo na ponta) e shuriken ( lamina pequena com três ou mais pontas), quando abertos e plantados no chão. Isto sugere que o leque pode ser feito de algum tipo de aço em vez de papel.

 Fabricado de diferentes materiais e técnicas, como tecidos, papeis pintados, marfim, madeira, penas, plumas e rendas. Em alguns leques havia as iniciais da dona do leque, alguns   possuíam pedaços de espelhos, permitindo que a dama visualizasse a movimentação ao seu redor. Os leques também poderiam ser decorados com flores feitas em ouro e prata.

sábado, 22 de outubro de 2011

Hora de rir ( ou chorar)





segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Chanoyu (A cerimônia do Chá)

A arte de servir chá foi estabelecida no Japão pelos os mestres zen no século XV, consiste antes de tudo, numa experiência de ordem estética. Segue um rito tão formal e requintado como uma dança. Também é de origem chinesa, (os chineses a principio tomavam com sal, gengibre e cebolas).

A lenda do Chá.

Segundo a lenda o monge indiano Bodidarma ,muito perturbado pelo sono durantes suas longas meditações, tomou uma atitude extrema, cortou as próprias pálpebras, atirando-as no solo. Delas cresceram raízes, e se transformaram num arbusto de cujas folhas ele preparou uma bebida que inibia o sono.  Bodidarma ficou durante nove anos com os olhos fixos numa parede nua, depois se tornou um Buda.
Só mais tarde o chá passou a ser apreciado pelo o aroma e sabor. Os monges primitivos sentiram se atraídos, a exemplo de Bodidarma, pela a cafeína contida, que impede o sono.







Os utensílios usados na cerimônia do chá são verdadeiros objetos de arte, as normas que precisem ao seu uso são muito rigorosas. Fukusa (lenço de seda)Chawan (taça)Natsume ou Cha-ire (boião para o chá em pó)Chasen (batedor para preparar o chá) Chashaku (espátula para servir o chá em pó)Chakin (pano para limpar a taça)Hishaku (concha de bambú)Kensui (recipiente para a água suja)Tana (pequena estante para colocar os utensílios)Kama (panela de ferro)Furo (braseiro).



 















O anfitrião deve estar pronto antes dos convidados chegarem; arranjar flores como se elas estivessem no campo; colocar carvão de lenha para ferver a água; e claro, oferecer uma quantidade satisfatória de chá. Todos os convidados se cumprimentam, fazendo reverencia, e cada um deles toma exatamente três goles de chá, passando a tigela ao vizinho, depois limpa as bordas com o papel de seda.

 

O chá é símbolo de cortesia e hospitalidade entre os japoneses. Servir aos visitantes uma tacinha de chá quente, ou um copo de chá gelado nos dias quentes, é uma regra de etiqueta universal entre os japoneses em casa, nos escritórios e nos restaurantes típicos. O bom visitante não recusa o chá, nem vai embora sem prová-lo.

Em algumas celebrações familiares servem-se os chás de melhor qualidade, como na primeira refeição do Ano Novo e aos visitantes no shogatsumikan (tangerina japonesa) com as pernas sob um kotatsu (mesa baixa com saia acolchoada e aquecimento). O Chá é sempre servido a todos ao final de missas fúnebres no rito budista. Um hábito típico de inverno é tomar chá.

As casas de Chá ficaram famosas quando passaram a ter a presença das  gueixas (artista especializados em entreter pequenas plateias em festa) que além de servirem o chá com delicadeza e requinte, divertiam os clientes com danças e músicas e agradáveis conversas. Muitas casas de Chá pertenciam a gueixas, onde muitas pessoas frequentavam principalmente a alta sociedade que apreciava arte, a cultura e a dança, e o chá.
                                                                                 


OS CHÁS JAPONESES
 

A Camellia sinensis é uma plantinha sensível. No Japão planta-se chá em várias regiões - em especial da região central da ilha de Honshu para o sul, pois nessas regiões o clima tende a ser mais quente e úmido. 

No Japão o chá é plantado em longas e organizadas fileiras, e quando os arbustos ficam carregados de folhas a paisagem se cobre de "gomos" cor verde-bandeira. A colheita começa na primavera, e as folhas são colhidas à mão, com a ajuda de uma tesoura manual ou elétrica. Logo que é tirada do arbusto, a folha de chá entra em pro cesso de fermentação - em poucos dias a folha muda do verde vivo para castanho - e de acordo com o grau de fermentação, o sabor do chá muda.

Quando se fala em chá verde não se quer dizer que a cor do chá é necessariamente verde, mas sim que esse tipo de chá não é fermentado (os chás do tipo oolong são semi-fermentados, e os chás pretos são os bem fermentados). 

Todos os chás típicos do Japão são verdes, o que quer dizer que o processamento das folhas é feito rapidamente, para evitar o processo de fermentação natural. O que dá aos chás japoneses seu sabor característico é o fato de que as folhas são passadas no vapor, o que evita a oxidação, preserva a cor natural da folha e um sabor suave de fundo amargo. 



Em seguida, as folhas são enroladas, desidratadas e posteriormente picadas ou moídas, transformando-se no chá que compramos nas lojas. Nenhum dos chás japoneses são tomados com leite ou creamer (líquido ou pó para neutralizar o fundo amargo de cafés e chás pretos).
Plantação de chá no Japão.

Durante a segunda guerra mundial as Casas de Chá foram fechadas, a escassez de produtos básicos e alimentos chegaram ao extremo, os recursos financeiros e os investimentos estavam destinados os gastos com a manutenção bélica, os ricos, aristocratas e militares não poderiam mais manter a sustentação aos luxos como as artes, cultura e lazer. 



Com o fim da guerra as casas de chá voltaram a ser abertas, e o chá continuou sendo servido como mesmo vigor, entretanto em Casas de gueixas (casas de chá que pertenciam a gueixas), tiveram que ser adaptadas, pois muitos clientes faliram durante a guerra, e com a ocupação americana, a língua inglesa surgi como necessidade para atender a nova clientela formada por estrangeiros, principalmente americanos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Origami (Arte da Dobradura de Papel)

Olá pessoal,hoje vamos aprender que Origami é muito mais do que dobrar papel!

O origami (dobradura de papel) surgiu na China há 1.800 anos. Foi levado ao Japão entre os séculos VI e X, juntamente com o papel, por monges budistas chineses. No inicio era acessível apenas à nobreza, sendo usado em diversas cerimônias. Por muitos anos, a tradição e as formas criadas a partir de uma folha quadrada de papel foram passadas apenas de geração para geração.

A arte popularizou efetivamente quando o Japão passa a fabricar papel e ganha grande impulso. Ao contrário da crença popular, o origami tradicional japonês, que é praticado desde o Período Edo (1603-1897), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (rectangular, circular, etc.)

A arte de dobrar papel era conhecida como orikata. Ainda hoje, as figuras feitas em origami são carregadas de simbolismos: o sapo representa o amor e a fertilidade; a tartaruga, a longevidade; e o tsuru,( A mais famosa figura de origami, é o desejo de boa sorte, felicidade e saúde.)
 No Japão, era comum fazer origamis de diversas formas, que eram queimados em rituais fúnebres para que o espírito da pessoa falecida pudesse ter na outra vida tudo o que almejava. Dobraduras imitando cédula de dinheiro e postas em envelopes vermelhos eram queimadas nas festas de casamento, com o objetivo de desejar prosperidade ao casal. Acredita-se que quem fizer mil tsurus, com a mente fixa em um desejo conseguirá realiza-lo.







                 
                    A lenda do Tsuru


Sendo o tsuru um dos mais populares origamis, tem uma lenda muito famosa no Japão. Não se sabe quando exatamente surgiu, a lenda conta a história de um jovem camponês que trabalhava nos campos de arroz, e repente deparou-se com uma ave ferida, com uma flecha em uma das asas. 

O rapaz muito bondoso retirou a flecha da ave. Tsuru levantou voou e deixou cair sobre o rapaz três lágrimas. Alguns dias depois apareceu a porta da casa do jovem rapaz uma linda moça, que pediu para pernoitar em sua casa, o rapaz de nobre coração acolheu a moça em sua residência, e logo os dois se apaixonaram e casaram-se. Com o passar do tempo tiveram grandes dificuldades financeiras, foi quando a esposa disse ao marido: Construa um quanto de costura, para que eu faça roupas e você as possa vendê-las. Mas lembre-se, ficarei dias e noites costurando, e você jamais deverá entrar no quarto. A mulher passou a costurar mais e mais e foi ficando fraca e abatida, então decidiu parar. O marido insistiu para que a esposa costurasse uma ultima peça de roupa, a esposa acabou cedendo à vontade do marido. Então ela trancou-se no quarto de costura, passou-se os setes dias que era de costume, o marido preocupado, espiou com a porta entreaberta, e percebeu uma ave que estava sobre o tear, costurando as lindas roupas era, e usava suas próprias penas como linha para o tecido. 

Ele percebeu que a mulher era a ave ferida que ele havia encontrado há algum tempo. O marido não acreditou no que viu e voltou para a sala, alguns dias depois a mulher saiu do quarto com a roupa nas mãos, olhou para o marido e disse: “Aqui está a sua roupa. Agora eu vou embora, não posso mais ficar aqui depois que você descobriu quem eu sou!”. Então ela se transformou novamente em tsuru deixando três lágrimas caírem sobre o rapaz e foi embora.

No dia nove de agosto no Japão comemora-se o dia da Paz, quando os japoneses homenageiam as vítimas das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki, durante a segunda guerra mundial. Nessa data, milhares de tsuru são colocados em memoriais erguidos em homenagem às vítimas da tragédia, uma tentativa de pedir paz para o mundo.


 


Segundo a lenda que fizer mil tsurus mentalizando um desejo conseguirá realiza-lo. Tendo fé nessa lenda SadoKo SasaKi, uma menina que escapou das bombas atômicas (com dois anos de idade), junto com sua mãe. Dez anos depois a menina desenvolveu leucemia, devido à radioatividade que foi exposta devida da explosão da bomba de Hiroshima. 


Durante o tratamento, Sadoko começou a fazer drobaduras de papel, mentalizando sua cura, infelizmente ,no dia 25 de outubro de 1955, ela faleceu ates que chegasse a fazer os mil origamis,chegando a 964 tsurus. A noticia do esforço de Sadoko se espalhou pelo o Japão e mais de três mil estudantes fizeram uma campanha para a construção de um monumento em Hiroshima. O apelo foi atendido e no Parque da Paz foi inaugurado um monumento com a estátua de Sadoko Sasaki erguendo um origami de tsuru.






A história de Sadako Sasaki é considerada como um dos símbolos da luta pelo fim das armas nucleares, e a vontade de viver da menina japonesa que mesmo doente se pôs a fazer mil tsurus de papel são vistas como um símbolo da paz,no Dia da Paz milhares de pessoas enviam tsurus ao Monumento da Paz das Crianças e, visitam todos os memoriais erigidos com esse propósito em “Hiroshima e Nagazaki” depositando milhares de Tsurus, para mostrar que a esperança e o desejo de dias melhores ainda existem em nosso planeta.