O nome “Xintoísmo” surgiu no século EC para distinguir a religião local do budismo, que estava sendo introduzido no Japão. A religião consiste em rituais agrícolas, devido à plantação de arroz em terras irrigadas, atividade necessária para a sobrevivência. As pessoas reverenciavam muitos Deuses da natureza. O xintoísmo considerava os atos que promoviam a harmonia e a subsistência. A sua maneira de produzir harmonia era através de rituais e festividades, que eram feitas em torno dos deuses ancestrais. As principais festividades eram, e ainda são ligadas ao cultivo de arroz.
Na primavera, os aldeões pedem aos “deuses dos arrozais” que desça a seu vilarejo e oram por uma boa safra. No outono, agradecem a seus deuses pela a colheita. Durante as festividades eles carregam seus deuses num mikoshi, (santuário portátil), tem comunhão com vinho de arroz (saquê).
Além disso tinham medo de almas, isso levou a rituais para apaziguá-las. Mais tarde se transformou em adoração de espíritos de ancestrais. Segundo a crença xintoísta, a alma “que partiu” ainda conserva a personalidade e fica manchada pela a poluição da morte. Quando um parente (de luto) realiza um ritual em memória do falecido, a alma é purificada. (segundo a crença xintoísta)
Deuses da natureza e deuses ancestrais eram considerados como espíritos que “influenciavam” e enchiam o ar. Nas festividades, as pessoas invocavam os deuses para que descessem a determinados pontos santificados para a ocasião. Dizia-se que os deuses residiam temporariamente em xintais (objetos de adoração), tais como árvores, rochas espelhos e espadas. Até mesmo o mesmo um monte como o Fuji, poderia servir como xintai. A deusa sol, Amaterasu Omikami, foi elevada a condição de divindade nacional e figura central dos deuses xintoístas.
Com o tempo, propôs-se o mito de que o imperador era descendente direto da deusa sol. Usando mitos que exaltavam a família imperial como descendentes de deuses, estabelecendo a supremacia dos imperadores.
O xintoísmo teve grande influencia da doutrina budista. O budismo veio da China e foi se espalhando pelas as comunidades rurais japonesas, o que ajudou a fundir as duas religiões foram os monges budistas, que praticavam a autodisciplina nas montanhas, que eram consideradas a morada dos deuses. Misturar o budismo com o xintoísmo levou a construção de jinguji,(templos-santuários). O japonês não acha contraditório orar diante de um santuário como diante de um altar budista.