Os samurais se armavam para o combate não só com a espada e armadura, usavam também o corpo e a mente, com a base em princípios e técnicas. Também usavam outro tipo de armas e, sobretudo buscavam desenvolver novas habilidades de defesa.
As guerras civis que assolavam o Japão durante o século XII conduziram a uma nova era assinada pela presença da força e das armas. Homens de toda parte do país entraram para as fileiras dos clãs guerreiros dos Taira e dos Minamotos, que lutavam pelo domínio do Japão. Uma nova ordem de linhagem de nobres armados (os samurais) começaram a surgir.
Os artesãos dedicavam seu talento a produção de espadas e armaduras, cuja beleza se associava a sua mortífera eficiência.
Era necessário, porém, mais do que uma simples espada e um traje de ferro para armar um samurai. Parte do equipamento era de natureza moral e psicológica.
O código conhecido denominado bushido, ou “Estilo do guerreiro”, exigia uma dedicação quase religiosa à vida militar, na qual a resistência física era a palavra de ordem, sendo a morte em combate a mais desejada.
Os samurais eram preparados pra morem lutando, porque seria mais honroso do que se render como um covarde. Eles não estavam na guerra para salvar suas vidas, mas sim para lutar até a morte e escrever o seu nome na história de sua família honrando seus ancestrais.
A defesa do guerreiro consistia em uma habilidade para lutar, adquirida ao longo de um treinamento de vários anos, visando à força e coragem física.
Os futuros samurais entravam como aprendizes de mestres no manejo do arco e flecha e na arte da esgrima. Esses mestres tornavam resistentes os carpos e as almas, submetendo-se a prologados jejus e machas pela a neve com os pés descalços.
Apesar dos rigorosos treinamentos de um samurai, seus métodos de combate baseavam-se na suavidade empregada em suas habilidades. A técnica se assemelhava ao moderno jiu-jitsu (que significa arte suave), no qual uma hábil flexibilidade de movimentos triunfa sobre a força bruta.
Os samurais se armavam para o combate não só com a espada e armadura, usavam também o corpo e a mente, com a base em princípios e técnicas. Também usavam outro tipo de armas e, sobretudo buscavam desenvolver novas habilidades de defesa.
A vida de um samurai resumia-se em lutar. Teria de estar preparado para atender a qualquer momento.
Uma história japonesa nos fala de certo jovem esgrimista, que foi aprendiz de um famoso mestre na arte de duelar. Um belo dia seu mestre aplicou-lhe doloroso golpe com uma espada de madeira, enquanto ele estava cozinhando arroz. Esse “tratamento” repetiu-se as horas mais imprevisíveis do dia e da noite até que o jovem aprendeu que jamais deveria baixar sua guarda, tornando-se o maior esgrimista do país.
Dominada as técnicas de seus oficio, um samurai exercitava todos os dias, e viajava frequentemente pelo país à procura de mestre cada vez mais exigentes.
Seu compromisso para com a arte da guerra era total e permanente, pois segundo o código militar, um samurai deveria viver e morrer de espada na mão.