A palavra Ukiyo significa retratos do mundo flutuante, no inicio de sua utilização era também chamado de Ukiyo-e “retratos do mundo triste”.
O Ukiyo é um estilo de pintura similar à xilogravura (técnica de origem chinesa), desenvolvida no Japão ao longo do período Edo (1603- 1867). A técnica implantada e difundida através de pinturas executadas com o auxilio de blocos de madeira usados para impressão entre os séculos XVIII e XIX, durante o fim do período Edo, e geralmente representava temas teatrais.
Conforme as pinturas passaram a ser feitas cada vez mais para o entretenimento a forma de “retratos do mundo flutuante” se tornou dominante. Essa forma de arte cresceu em popularidade na cultura metropolitana de Edo (antigo nome da cidade de Tóquio), durante a segunda metade do século XVII, tendo se originado das obras monocromáticas (apenas uma cor) de Hishikwa Moronobu em 1670. No começo usava-se tinta indiana. Aperfeiçoada durante o século XVIII, acabou sendo adotada por Hozumi Harunobu que desenvolveu a técnica de impressão policrônica (Nishiki-ê).
O Ukiyo-e difundiu-se rapidamente devido à facilidade em ser produzido em massa. Suas obras eram adquiridas principalmente pelos comerciantes burgueses, que geralmente não eram ricos o bastante para encomendar uma pintura shunga).
O tema original do Ukiyo-e era a vida urbana, especificamente atividades e cenas da área do entretenimento: belas cortesãs, lutadores de sumô e atores populares retratados quando ocupados em atividades interessantes. Mais tarde as paisagens também se tornaram populares. Assuntos políticos e os indivíduos da alta sociedade só apareciam raramente. O assunto sexualidade não era evitado, ao contrário figurava constantemente nas pinturas do estilo. Os artistas e seus editores às vezes eram punidos por criar retratos particularmente explícitos (os chamados shunga).
As cópias de Ukiyo-e eram feitas através quando o artista produzia um desenho matriz usando tinta
Os artesãos colam esse desenho com a frente para baixo num bloco de madeira. Em seguida talham o bloco nas áreas onde o papel estava em branco, deixando o desenho invertido como uma cópia em relevo no bloco, mas destruindo o desenho original.
Estas cópias por sua vez eram coladas, com a frente para baixo em outros blocos e aquelas áreas da obra que deviam ser impressas em uma cor específica eram deixadas em relevo. Cada um destes blocos imprime ao menos uma cor no projeto final.
A combinação resultante dos blocos de madeira eram recoberta em cores diferentes e impressas sequencialmente no papel. A impressão final firma as impressões dos blocos anteriores, sendo que alguns podem ser impressos mais de uma vez para obter uma maior profundidade da cor.
O Ukiyo-e é produzido ainda hoje e é influente de várias formas, inspirando, por exemplo, alguns mangás como o famoso ” Lobo solitário”.
Reatando-se as trocas comerciais entre o Japão e o Ocidente em 1853, juntamente com os objetos vindos do Japão, servindo de embrulho às porcelanas e outros objetos, vinham as estampas japonesas. Isto acontecia porque as estampas japonesas (Ukiyo-e) eram produzidas em massa e tinham muito baixo valor no Japão, assim vinham imensas para o Ocidente. Estas estampas começaram a adquirir maior valor quando colecionadores de França e Inglaterra começaram a colecioná-las e entre estes fascinados estão muitos artistas impressionistas.
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