segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os jardins japoneses

Olá pessoal, o tema natureza vem sendo abordo nas ultimas semanas, e aproveitando a paixão japonesa por arte ligada ao meio físico-natural, vamos conhecer hoje o mundo fantástico dos jardins.

Os jardins elaborados tinham a finalidade de proporcionar à harmonia e tranquilidade favorável a meditação. Geralmente os jardins, eram projetados em templos zen-budistas, já que o lugar que o homem ocupa no cosmos é um ponto importante para a religião budista que foi muito influente no Japão durante o século XIII.


Os jardins eram versões simbólicas, em miniatura do mundo da natureza. Os “jardineiros zen” (que eram adeptos da doutrina budista) julgavam o melhor jeito de representar a natureza através dos jardins.

A natureza era representada de maneira profunda através de estátuas cobertas de ornatos, ou de árvores de esplendido colorido, mas por meio de arvores que se mantem verdes o ano inteiro, de musgos de tonalidades sombrias e de veredas rústicas.

Alguns  jardins   são   simplesmente   uma   combinação   de   areia   e   pedra,como o Ryoanji, criado em 1450, na cidade de Kyoto,cuja areia é varrida diariamente, formando desenhos ondulados para lembrar as ondas do mar. Apesar da maioria dos jardins serem projetados para finalidades religiosas, construídos em templos zen budistas, que eram feitos em miniatura para serem admirados de um determinado ângulo, sendo eles pequenos e simbólicos. 

 Os elaborados  jardins   japoneses,   com   sua   arquitetura   peculiar,   são   uma homenagem do homem à natureza. São réplicas reduzidas da paisagem natural, cenários ornados com árvores, arbustos, pedras, peixes (como as populares carpas coloridas), em desenhos que reproduzem a percepção artística das ondulações do relevo, dos elementos vegetais, animais, minerais, que mudam de cores conforme as estações do ano. 

Nos jardins japoneses, o homem não é esquecido: há sempre espaços para se sentar e apreciar a vista.
Existiam em propriedades particulares, imensas extensões de terra, foram transformados em parques para que as pessoas caminhassem nele, tendo haver com diversão, distorcendo toda a simbologia e finalidade religiosa da meditação.


Os senhores feudais e os monges dos templos mais antigos compreendiam seus jardins como um “pedacinho do paraíso”. Construíam laguinhos  para lembrar o mar, com pequenas pontes arqueadas ligando uma margem à outra. Mais adiante, água caindo em cascata entre as pedras de uma colina artificial coberta de arbustos e relva.

 Os samurais e a nobreza costumavam construir esses enormes jardins, transplantando pinheiros, construindo pontes, varandas e minúsculos pavilhões, para neles, fosse observada a floração das cerejeiras.

Mesmo sendo o Japão um dos países onde o metro quadrado para construção civil é extremamente caro, há manutenção de áreas verdes que parecem verdadeiros oásis, ocupando espaços valiosíssimos em termos imobiliários. 
 
Entre os grandes centos urbanos há árvores centenárias preservadas em parques convivem com enormes edifícios, ruelas estreitas, que são caminhos para templos e santuários que mantêm jardins limpos e bem cuidados. 

No meio dos arranha-céus, os japoneses conseguiram guardar espaços para enormes áreas como as do parque acima, em pleno centro de Tóquio.

Um comentário: